O primeiro, Eric Rohmer – Preuves à l’appui, é uma espécie de “masterclass” do realizador, que, entrevistado por Jean Douchet, nos fala das suas influências (no cinema, mas também na literatura e na música), dos seus companheiros da Nouvelle Vague (Rivette, Godard, Truffaut, Chabrol), do seu método de trabalho, desde a ideia inicial para um argumento, que aponta em pequenos cadernos que conservou, ao desenvolvimento do guião, a escolha dos actores, o trabalho com eles, na pré-produção e em rodagem, as questões técnicas, como o som, a fotografia, os enquadramentos, a luz, a montagem, ou o papel do acaso, que Rohmer acha de extrema importância. Sempre apoiado em “provas”, i.e., em excertos dos seus filmes, gravações de trabalhos de casting, documentos, fotografias...
Em La Fabrique du conte d’été, de Jean-André Fieschi, vemos o realizador em pleno trabalho de rodagem, a informalidade “organizada” (sempre trabalhou com pequenas equipas), a sua rapidez de decisão, a quantidade enorme de coisas que controla e faz no (é o próprio Rohmer que acciona a plateauclaquette), etc.
Teatro do Campo Alegre
Eric Rohmer – Preuves à l’appui, de André S. Labarthe
(terça, 26 Jan, 18h30 e 22h) * La Fabrique du conte d’été, de Jean-André Fieschi
in Medeia Filmes
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