11.1.10

Cineclube de Joane: Ciclo Marguerite Duras

ciclo Marguerite DURAS
(Janeiro e Fevereiro de 2010)


JANEIRO

12 de Janeiro de 2010 (3.ª feira)

MARGUERITE DURAS _ documentário de Solveig Nordlund (Suécia, 1995, 56’)
+
HIROSHIMA MON AMOUR de Alain Resnais (França-Japão, 1959, 86 min.)

14 de Janeiro de 2010

AQUELE AMOR de Josée Dayan (França, 2001, 100 min.)
+
En Rachâchant Jean de Marie Straub e Daniele Huilet (França, 1982, 7 min.)


FEVEREIRO

18 de Fevereiro de 2010

INDIA SONG de Marguerite Duras (França, 1975, 120 min.)

19 de Fevereiro de 2010 (6.ª feira)

SON NOM DE VENISE DANS CALCUTTA DESERT de Marguerite Duras (França, 1976, 120 min.)
(NOTA: Sessão sujeita a confirmação)

20 de Fevereiro de 2010 (Sábado)

LA MUSICA, encenação de Solveig Nordlund
(+) sessões sujeitas a confirmação

*

A encenação de La Musica por Solveig Nordlund (estreia no CCB em Janeiro, Casa das Artes em 20 de Fevereiro) deu-nos um óptimo pretexto para mergulhar no universo fascinante de Marguerite Duras. Exploraremos, através da programação de 5 sessões (distribuídas pelos meses de Janeiro e Fevereiro), alguns dos seus filmes fundamentais (India Song e o seu reverso: Son Nom de Venise Dans Calcutta Désert); será exibido um documentário de Solveig Nordlund com duas entrevistas a Duras, realizadas em 1985 e 1993; Hiroshima Mon Amour, realizado por Alain Resnais, um dos títulos maiores da história do Cinema e que Marguerite Duras considera seu (escreveu o argumento e assinou uma espécie de co-autoria) abrirá a programação; explorando uma das relações amorosas incontornáveis de Duras, marcada pela desmesura, exibiremos Aquele Amor, filme escrito por Yann Andréa, o companheiro dos últimos anos de Duras (os dois conheceram-se numa projecção de Índia Song e ele bombardeou-a com cartas, às vezes uma por dia, até iniciarem a relação).

Passarão por aqui todos os temas que os seus livros e os filmes desenvolveram: a memória da infância e da adolescência na Indochina (Duras afirma no documentário-entrevista que esse período é responsável pela produção de toda a sua obra), o colonialismo que imperava nesse território e que tanto a fascinou, os amores irrealizáveis, a solidão, a morte e a feminilidade. E claro, Marguerite Duras como o núcleo aglutinador da sua própria obra.

Ninguém melhor que a própria Duras definiria o seu Cinema e o que a impelia;

A propósito do díptico India Song/Son Nom de Venise Dans Calcutta Désert:

“Penso que é nessa escolha, de fazer Son Nom de Venise Dans Calcutta Désert, nesta ideia súbita – um dia acordo e digo-me: É necessário que faça esse filme -, esta enorme incongruência, é lá que estou se estou em algum lado. Se me quer definir, penso que é aí que é necessário procurar. Nesta aposta, nesta aposta que faço contra mim mesma, de desfazer aquilo que fiz. É aquilo que chamo avançar”.

2 comentários:

Gustavo Carneiro disse...

A sessão "LE CAMION" afinal foi "anulada devido à impossibilidade de conseguir a cópia a partir de França".

pedro leitão disse...

Obrigado Gustavo, já foi corrigido ;)