Ma nuit chez Maud (1969)
ERIC ROHMER: «OS OUTROS SOMOS NÓS»
(homenagem a Eric Rohmer – os filmes das séries Seis Contos Moais e Comédias e Provérbios)
quinta, 28 Jan., 18h30
A PADEIRA DE MONCEAU / LA BOULANGERE DE MONCEAU + A PROFISSÃO DE SUZANNE / LA CARRIERE DE SUZANNEquinta, 28 Jan., 22h
A COLECCIONADORA / LA COLLECTIONNEUSEsexta, 29 Jan., 18h30 e 22h
A MINHA NOITE EM CASA DE MAUD / MA NUIT CHEZ MAUDsábado, 30 Jan., 18h30 e 22h
O JOELHO DE CLAIRE / LE GENOUX DE CLAIREdomingo, 31 Jan., 18h30
O AMOR ÀS 3 DA TARDE / L'AMOUR L'APRES-MIDIdomingo, 31 Jan., 22h
A MULHER DO AVIADOR / LA FEMME DE L'AVIATEURsegunda, 1 Fev., 18h30 e 22h
PAULINA NA PRAIA / PAULINE A LA PLAGEterça, 2 Fev., 18h30
O BOM CASAMENTO / LE BEAU MARIAGEterça, 2 Fev., 22h
NOITES DE LUA CHEIA / LES NUITS DE LA PLEINE LUNEquarta, 3 Fev., 18h30
O AMIGO DA MINHA AMIGA / L'AMI DE MON AMIEquarta, 3 Fev., 22h
O RAIO VERDE / LE RAYON VERT
Preço único: 3,50 euros
Filmes legendados em português
«No filme de André Labarthe,
Eric Rohmer – Preuves à l’appui, exibido no Teatro do Campo Alegre no final do ciclo de homenagem a Eric Rohmer (1920-2010), este falava das suas influências (no cinema, mas também na literatura, na filosofia, na música), do seu método de trabalho, desde a ideia inicial para um argumento, que apontava em pequenos cadernos que guardou, ao desenvolvimento do guião, a escolha dos actores, as questões técnicas, como o som, a fotografia, o enquadramento, a luz, a montagem, mesmo a produção, ou até o papel do acaso, que Rohmer achava de extrema importância. Sempre “apoiado em provas”,
i.e., em excertos dos seus filmes, gravações de trabalhos de
casting, documentos, fotografias...
O filme de Labarthe, da colecção “Cinéma, de notre temps”, foi rodado em 1993 e muitos dos filmes em que Rohmer se apoiava nas suas dissertações pertencem às duas séries filmadas entre os anos 60 e 80, “Seis Contos Morais” e “Comédias e Provérbios”.
A Medeia Filmes organiza, de 28 de Janeiro a 3 de Fevereiro, no Teatro do Campo Alegre, uma espécie de ciclo Eric Rohmer 2ª parte, dando a ver a totalidade dos filmes destas duas séries.
ERIC ROHMER: «OS OUTROS SOMOS NÓS» (título a partir do artigo de Luís Miguel Oliveira no
Público: “quem faz ‘moral’ nos filmes de Rohmer, a todo o momento, são as personagens. Rohmer só mostra. Agradecemos-lhe por isso: 50 anos a mostrar a moral dos outros, para que descubramos que os outros, afinal, somos nós.”)
Teremos assim a oportunidade de (re)visitar títulos célebres como
Ma Nuit chez Maude /
A Minha Noite em Casa de Maude,
Le Genou de Claire /
O Joelho de Claire,
Pauline à la plage /
Paulina na Praia,
Le Rayon Vert /
O Raio Verde. Um total de 12 filmes onde estão, “em perfeita sintonia e ridente paradoxo, os dois grandes vectores da aproximação rohmeriana do cinema. Por um lado, a vontade quase documental de agarrar a realidade (e esta tanto pode ser um brilho na pele de Arielle Dombasle como a cintilação do sol no momento em que se põe, o rumor das ruas de Paris, como a placidez tépida da lua nos céus); por outro, o gosto pela construção, construção do argumento como uma teia, construção de diálogos como esgrima ou enleio, ou tão só
mise-en-scène, quer dizer, a arte de compor os planos e os ligar – em resumo, artifício, quando não artificialismo. Desta conjugação mágica se faz a intemporal sedução que estes filmes destilam.” [Jorge Leitão Ramos, Expresso]»
in Medeia Filmes